segunda-feira, fevereiro 13, 2012

A Austeridade

Podemos dizer que esta é a palavra de 2011 e muito provavelmente o será em 2012. E a nova moda económica fruto da crise da dívida soberana. Podemos dizer que a crise soberana advém do gasto excessivo a que incorremos durante os últimos anos. É certo que se construíram muitas infra-estruturas, alguma necessárias outras nem tanto e algumas outras apenas para encher os bolsos de uma elite de pessoas sem escrúpulos. Podemos também pensar nas garantias adicionais que os estados têm que dar ou na contabilidade inventiva dos últimos anos que apenas serve para justificar e esconder a situação real.

A verdade é que não utilizamos a maior de todas as regras...não se pode gastar mais do que temos e se o fazemos temos que pensar que mais tarde ou mais cedo tudo terá uma consequência. 

Agora temos que aceitar alguns cortes e a perda de direitos que fomos conquistando. No entanto todos sentimos que as coisas não se estão a fazer como se deveria, podemos perder direitos mas é algo que tem de ser aplicado a todos! Além disso vemos como os gestores públicos gozam de uma impunidade histórica e isso é algo que ninguém pode aceitar. Todos aceitamos erros mas isto??? E baseado em quê??? Será que é tão díficil aplicar a mesma regra a todas as classes sociais e não ceder às pressões de uma classe cada vez mais rica?

Bom justiça à parte voltamos à austeridade. Cortes e mais cortes, perda de direitos e vemos situações de injustiça total. Que é importante gastar menos acho que tal é algo que todos aceitamos, mas e o resto? É que nos últimos anos não temos mais saúde, nem mais segurança ou bombeiros, não temos mais serviços públicos, nem educação. Assim que me lembre a única coisa que nos deram foi a garantia dos depósitos até aos 100.000€. Falta apenas responder a uma grande pergunta: quantos portugueses querem realmente (ou podem eventualmente utilizar) a totalidade dessa garantia? 

Sem comentários: