terça-feira, maio 31, 2011

A Alternativa...

Dia 3 de Junho temos eleições em Portugal, desta feita vamos definir o futuro do nosso país. Temos de o fazer de forma precipitada e provavelmente no contexto mais complexo para o nosso país dos últimos 25 anos. Estamos de novo entregues ao FMI e empréstimos internacionais, numa situação política demasiado instável e onde a grande maioria população, que deveria estar unida, ainda não se apercebeu (ou não se manifestou) de qual é a gravidade da situação e quais a mudanças estruturais que temos que enfrentar.

Chegamos a esta situação depois da famosa crise financeira (já por mim abordada em diferentes ocasiões) que abalou o mundo e o nosso país. Para se conseguir ultrapassar a crise financeira nos bancos o Estado teve de dar garantias e apoiar (para não dizer responsabilizar-se) casos menos transparentes como o caso do BPN e começar a assumir dívidas. No meio da crise e para bem da transparência a UE resolve mudar as regras contabilistas dos Estados e de repente torna-se vísivel o "buraco negro" em quase toda a sua dimensão....digo quase toda porque desconfio que muito há para descobrir.

Podemos discutir a "pescadinha de rabo na boca" financeira que se criou nos últimos dois anos (Estado, bancos, especuladores, etc...), os 20 anos de suposto desenvolvimento económico patrocinado pelos fundos europeus ou o crónico défice comercial compensado durante muito tempo pelas remessas dos emigrantes. Podemos fazê-lo e deveriamos fazê-lo para conhecermos os nossos erros e tentar corrigir o possível e evitá-los num futuro. Mas hoje apenas quero discutir as alternativas para as eleições.

Temos que escolher o futuro para o país e sem alternativas!!! Baseado em quê??? Vejamos:

Sócrates - o responsável (não total) pela situação actual. Faltou-lhe levar a cabo a grande maioria das politicas e reformas anunciadas, de antecipar (não antever) a dimensão da crise e de executar atempadamente as medidas correctas.

Passos Coelho - o suposto herói da pátria que com a sua sede de poder deu a estocada final no país moribundo. Realmente devemos premiar o "destruir para reconstruir"??

Paulo Portas - o oportunista. Sempre esteve presente nos momentos de indecisão assumindo um extremo poder com eles. A última vez que esteve no Governo fez alguns dos contractos mais absurdos e despesistas de sempre...os tridentes e as chaimites.

Os outros de Esquerdas - os utópicos! Necessários num parlamento para dar ideias, mas completamente inaptos para formar um governo. É de louvar a capacidade criativa mas infelizmente não têm sentido prático e capacidade humana para o Governo.

Então qual é a alternativa???

E ainda falta uma variável essencial...quais são as metas a que já nos comprometemos com a Troika? Não deveriamos saber quais os compromissos e objectivos que temos para os próximos anos para que podamos escolher qual a equipa que consideramos ter melhores condiciones para nos os cumprir?

Nota: Faz-me falta a revolução popular que já aconteceu na Islândia. Os meus apoios para o movimento "Democracia Real Já"...mas falta algo mais...